
É um instrumento que capta ondas de rádio emitidas por fontes cósmicas, como estrelas, galáxias e buracos negros. Essas ondas são convertidas em sinais elétricos que podem ser analisados por computadores e transformados em imagens do céu. Os rádios telescópios permitem aos astrônomos estudar fenômenos que não são visíveis na luz óptica, como pulsares, quasares e radiação cósmica de fundo.
Os rádios telescópios podem ter diferentes formas e tamanhos, dependendo da frequência das ondas que querem captar. Alguns são antenas parabólicas gigantes, como o FAST na China, com 500 metros de diâmetro. Outros são conjuntos de antenas menores distribuídas por uma grande área, como o ALMA no Chile, com 66 antenas espalhadas por 16 quilômetros. Esses conjuntos funcionam como um único rádio telescópio virtual, com uma resolução muito maior do que uma antena isolada.
Os rádios telescópios são instalados em locais remotos e com pouca interferência de fontes artificiais de rádio, como cidades e satélites. Eles também precisam de proteção contra as condições climáticas, que podem afetar a qualidade dos sinais recebidos. Por isso, muitos rádios telescópios são construídos em desertos, planaltos ou vales.
Os rádios telescópios são ferramentas essenciais para a pesquisa astronômica, pois revelam aspectos do universo que não podem ser observados de outra forma. Graças aos rádios telescópios, os cientistas já descobriram objetos exóticos como buracos negros supermassivos, planetas fora do sistema solar e ondas gravitacionais. Os rádios telescópios também contribuem para a busca por vida extraterrestre, ao tentar detectar sinais de inteligência artificial ou natural em outras partes da galáxia.